22 de jul. de 2011

10.000 Visitantes!!!

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Isso mesmo, 10.000 visitantes!

É a marca que este blog bateu essa semana...

E tudo isso graças a você que esta ai por trás da telinha do pc, ou de um celular..


Obrigada a todos que estão me seguindo, que estão divulgando esse blog, ou que estão simplismente visitando. Fico grata por dedicaram um pouco de atenção as minhas postagens, fico grata também aos que comentam, sempre tão carinhosos.

A presença de vocês aqui me trás um sentimento de satisfação enorme, sinto que todo o trabalho que tenho está sendo recompensado, e/ou reconhecido.

Então é isso pessoal,

E vamos em frente, rumo aos 20.000.

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21 de jul. de 2011

SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS


Olá pessoinhas...

Esse post de hoje é bem bacana, e merece menção porque como o próprio título já indica, se trata de um brasileiro esculachando (de forma super educada) os americanos. E definitivamente, não é todo dia que isso acontece né? Então confiram até o finalzinho e deixem seus comentários...

Ficheiro:Senador cristovam buarque.jpg
(Atualmente é senador pelo Distrito Federal. Foi Ministro da Educação entre 2003 e 2004, no primeiro mandato de Lula. Nas eleições de 2010, foi reeleito para o cargo de senador pelo Distrito Federal, com mandato até 2018.)


Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia
para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou
diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser
internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.
Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário
ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,
como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas
mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.

"Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia
seja nossa. Só nossa!



DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS. POR ISSO CONFESSO QUE NÃO TENHO SEGURANÇA DE SUA LEGITIMIDADE, MAS ACHEI BACANA POSTAR AQUI PORQUE OS ARGUMENTOS SÃO FORTES E CONTUDENTES.

 






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4 de jul. de 2011

RESUMO: Karl Marx


Neste resumo você encontrara as princípais ideias atinentes a teoria do valor-trabalho, 
na perspectiva de Marx, assim como as similitudes e as divergências com Smith e Ricardo. 
Confiram!
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidPxd3L0adfZRZ7EMY8CjyM94H-0GHFE-8_HNYGHmkbnfzLXHCRCnY4sOZ7li3q8EsdTLqSr-mKUnNN2DpwmemhzZQI1-TNMcykNPbIN2_DwHyv_Z2rRYeJwDorrV8ZUAp2IHUL4hAam5g/s700/marx.jpg


O alemão Karl Heinrich Marx (1818 - 1883) foi um filosofo e intelectual, fundador da doutrina comunista moderna, e também atuou como economista, historiador, teórico político e jornalista.

Influenciado pelo, também, filosofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 - 1831), Marx desenvolve suas primeiras noções acerca do materialismo. Ele aproveitou a ideia da dialética (proporcionada por Hegel) e aplicou-a aos seus estudos atinentes a estrutura capitalista, afirmando que as origens da mudança social são todas materialistas.  O que Marx fez foi inverter a dialética idealista (defendida por Hegel) para a realista, ou melhor, Marx não admitia a dialética hegeliana idealizada, que aborda o movimento do espírito, mas sim a dialética materialista que partia dos fatos reais, que vai do concreto ao abstrato. Em linhas gerais, para Marx seria a mudança do mundo concreto que acarretaria as mudanças no mundo real, e não ao contrário – como defendia Hegel.

E foi partindo desses postulados que K. Marx desenvolveu os estudos acerca da maneira de produzir de cada sociedade (mais especificamente da sociedade capitalista). Segundo o alemão os modos de produção de uma determinada etapa de desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção (seja esses modos primitivos, escravistas, feudais, capitalistas, etc.) definiam a base econômica da sociedade e também toda sua estrutura. 

Portanto Marx não era positivista, pois ele considerava que o capitalismo seria substituído por outra etapa de produção, enquanto Smith e Ricardo consideravam o capitalismo como a etapa de desenvolvimento de mais alto grau. Esse estudo de Marx também se destaca por avançar na teoria do valor-trabalho (considera que o valor de um bem se forma do lado da oferta, através dos custos do trabalho incorporados ao bem.), e nas explicações das contradições econômicas.

       Os fundamentos e aspectos teóricos de Smith, Ricardo e Marx consolidaram o trabalho com fonte de valor, sendo que este último, além de elaborar a teoria do valor, pôs em evidência o aspecto ontológico-transformador do trabalho.

A teoria econômica apresentada por Smith é essencialmente uma teoria de crescimento econômico que identifica a riqueza pelo trabalho “produtivo”. Porém, Smith se perde na tentativa de formular sua teoria do valor-trabalho ao se defrontar com o lucro (excedente). Pois ele não consegue explicar a existência deste excedente e, conseqüentemente, não consegue entender o que é capital e, sobretudo, a propriedade privada.

David Ricardo, desenvolve com mais cuidado a teoria do valor-trabalho. Para ele, a medida de valor é igual ao tempo de trabalho contido na mercadoria (trabalho incorporado), porém, o trabalho incorporado não é igual ao trabalho comandado, pois se o fosse, a remuneração do trabalhador deveria ser sempre proporcional ao que ele produz e não o é. Ricardo desconsidera o trabalho comandado e por isso não entra na questão da mais-valia: a existência do lucro não interfere na sua teoria do valor. Este autor traz um avanço à teoria do valor e, ao mesmo tempo, uma regressão à teoria do excedente.

Marx ao tratar da teoria do valor observa, assim como Smith, que a troca de produtos do trabalho consiste na troca do próprio trabalho. Pode-se dizer que a troca de trabalho é um reflexo da divisão social do mesmo, já que cada homem necessita do esforço alheio para satisfazer suas necessidades, pois ninguém produz tudo que necessita. Para explicar sua teoria, Marx, parte da mercadoria e caminha para determinação do valor, afirmando que o momento da troca é o momento da igualdade, sendo que esta não se realiza sem igualdade.Assim, ele toma o trabalho como conteúdo do valor, mas para isso, esclarece os conceitos de valor de uso e valor de troca, reconhecendo o duplo caráter do trabalho: seu aspecto concreto e abstrato. Ele desfaz uma problemática estritamente ricardiana: a confusão entre valor do trabalho e valor da força de trabalho, explicitando, então, a mais-valia.

Nesta analise, Marx estava interessado em explicar a natureza da relação social entre capitalistas e trabalhadores, em meias palavras, entre salários e lucros. E foi partindo do estudo da mercadoria que o filosofo chegou a outros elementos que compunham sua analise. Para Marx a mercadoria é a célula econômica da sociedade capitalista – apesar da mercadoria ser um fenômeno anterior ao capitalismo, é nele que a mesma toma proporções gerais. Isto porque, na etapa de desenvolvimento capitalista tudo o que é riqueza (tudo o que é produto humano) assume o papel de mercadoria. Marx aponta que a mercadoria possui duas características essenciais: primeiramente, era “uma coisa que, por suas propriedades, satisfazia as necessidades humanas”, isto é, tem um caráter útil, um valor de uso. Apesar de não ter qualquer ligação definida com “a quantidade de trabalho necessário para a apropriação de suas qualidades úteis”. Em contrapartida, a segunda característica diz respeito ao valor de troca. Este valor de troca de uma mercadoria seria a relação entre a quantidade dessa mercadoria que se poderia conseguir em troca de uma certa quantidade de outra ou outras mercadorias. Em meias palavras, valor de troca é a forma que o valor (abstrato) assume na troca (no mercado), tornando-se assim uma substância concreta. Por outro lado o valor é a substância que confere o caráter econômico aos produtos e o mesmo, segundo Marx “só existe historicamente quando o trabalho produtivo não é imediatamente social. Este é, nessa sociedade, mesmo que o que foi produzido seja consumido, e portanto exista uma interdependência mútua, não existe consciência de uma relação social entre as partes.”

Para Marx o trabalho é ao mesmo tempo concreto e abstrato. Assim sendo, na análise de Marx, o trabalho concreto é o útil, cuja função é criar valores de uso; enquanto trabalho abstrato é aquele que produz valor e mais-valia para aquele que compra a mercadoria trabalho. 

Marx, diferentemente de Ricardo e Smith, faz uma distinção entre o trabalho e a força de trabalho. Segundo ele, o trabalho é um processo, uma atividade dinâmica, e por isso não pode ser vendido, pois “no momento em que começa realmente o seu trabalho — disse Marx — este deixa logo de lhe pertencer e o operário não poderá portanto vendê-lo.” Poderia, quando muito, vender o seu trabalho futuro, isto é, comprometer-se a executar um dado trabalho num tempo determinado. Mas então o operário não vende trabalho (que ainda teria de ter lugar); põe sim à disposição do capitalista a sua força de trabalho, a troco de um salário determinado, por um determinado tempo ou para determinada tarefa: ele aluga ou vende a sua força de trabalho. Mas essa força de trabalho (que nada mais é do que uma mercadoria) faz um com a sua própria pessoa e é inseparável dela. Sendo assim, o trabalhador não pertence mais a ele mesmo, mais ao capital, porque ele vendeu a sua força de trabalho, ele passa a ser o capital variável.

Marx ainda explica a mercadoria e a contradição entre Valor e Valor de Uso. Conformes seus argumentos esta contradição está inerente na forma da unidade mercadoria. Isto porque para se definir enquanto tal, a mercadoria deve satisfazer necessidades - ser um valor de uso - e,  ao mesmo tempo, ser capaz de trocar-se por outras - ser um valor. Essas duas categorias formam uma contradição já que uma mesma mercadoria ora se apresenta como valor, ora como valor de uso, nunca como os dois ao mesmo tempo. Quando um produtor leva a sua mercadoria para a troca, ela se encontra nessa situação enquanto um valor e um não-valor de uso, para o seu produtor. Nesse momento, este último está negando (alienando) o valor de uso de sua mercadoria, com o objetivo de apropriar-se de um outro, distinto daquele que produziu. Se essa mercadoria fosse reconhecida por ele como um valor de uso, ele não a trocaria, visto que estaria interessado em suas propriedades materiais úteis, e não na sua capacidade de ser trocada. Nessa situação, a mercadoria seria um valor de uso e um não-valor, ao mesmo tempo.

Outro ponto abordado por Marx diz respeito à distinção entre circulação simples e a circulação capitalista de mercadoria. Segundo ele a primeira destas configurações de circulação caracteriza-se pelo domínio da relação-valor, ou seja, do dinheiro. Enquanto que na segunda a relação-capital agrega-se à relação-valor e o meio circulante compõe-se, crescentemente, do dinheiro de crédito ao invés do dinheiro. Estas duas situações são denominadas, respectivamente, com as expressões ‘sistema monetário’ e ‘sistema de crédito’. Portanto, a esfera da circulação internacional, sob a hipótese da circulação simples, constituiria o ‘sistema monetário internacional’, e sob circulação capitalista o ‘sistema de crédito internacional’.

A acumulação do capital por sua vez designa, na perspectiva de Marx, a relativa redução da força de trabalho em relação ao emprego de máquinas e equipamentos. Deste modo, a cumulação de capital torna-se a força motriz do sistema capitalista. Que tem como característica fundamental e distintiva a mais-valia (que é aquele valor que o trabalhador cria além do valor de sua força de trabalho. Se considerarmos 8 horas a jornada de trabalho, 4 horas ele trabalhou para si e 4 horas para o capitalista). Esta ultima por sua vez, possui formas particulares, são elas: mais-valia absoluta (quando o capitalista estende a duração da jornada de trabalho, do empregado, mantendo o salário constante), mais-valia relativa (quando o capitalista amplia a produtividade física do trabalho pela via da mecanização), e também mais-valia extraordinária (que é quando um progresso tecnológico inovador é obtido por parte de capitalistas isolados o que permite que ele sozinho reduza o tempo de trabalho socialmente necessário para produção daquele produto que ele está produzindo – sendo ele desta forma premiado pelo mercado. Dentro destes trâmites podemos ainda enxergar dois processos derivados da acumulação de capital, que seriam: a concentração do capital, que se associa perfeitamente ao crescimento econômico; e na sequência, o processo de centralização do capital, que diz respeito ao fato das pequenas e médias empresas serem compradas pelas maiores, ou ainda vários pequenos capitais unirem-se em um só, tornando-se maior. Acarretando, deste modo, uma  aceleração da acumulação do capital: os capitais de maior dimensão estão em melhores condições financeiras do que os de menor dimensão para produzir nova maquinaria e aperfeiçoamento técnico. Assim, a produtividade do trabalho cresce muito mais rapidamente nas grandes empresas capitalistas, aumentando portanto a quantidade de mais-valia e de capital que pode ser acumulado.

A composição técnica do capital é a relação entre capital constante e capital variável em termos de valor-de-uso (capacidade de um bem responder a necessidades específicas. O valor de uso é a serventia de um bem.). É uma massa de meios de produção relacionada com a quantidade de força de trabalho necessária para colocar os meios de produção em ação. A composição técnica se altera devido ao progresso da tecnologia, cujo objetivo é a obtenção de lucros extras no mercado. E o que verificamos é a tendência de constante elevação da composição orgânica do capital, devido ao aumento da produtividade do trabalho. Cada vez mais é necessária uma quantidade menor de trabalhadores para operar uma quantidade maior de máquinas e equipamentos.

Desta forma há uma tendência decrescente da taxa de lucro. E neste ponto Marx discordava de Ricardo e Malthus, pois para eles os salários sobem ou descem conforme a população aumenta ou diminui. E a população aumenta quando os salários estão acima do nível de subsistência e diminui quando estão abaixo deste nível. Marx rejeita essa ideia. Para ele o nível salarial oscila ao redor do nível de subsistência, mas esta oscilação é causada pelo excedente populacional relativo, ou seja, por um excesso de trabalhadores que não consegue emprego, chamado de exército industrial de reserva. Ao contrário de Stuart Mill, a visão de Marx da economia apresentava-se extremamente pessimista, retraindo a taxa de juros e aumentando o n° de trabalhadores desempregados. “A taxa de lucro cai, não por explorar-se menos o trabalho, e sim por empregar-se menos trabalho em relação ao capital aplicado”.

Para Marx, o sistema produtivo não é capaz de absorver toda a população que chega ao mercado. Apenas uma parcela da população trabalhadora é aproveitada no emprego industrial. Há outra parcela que sequer consegue arranjar um emprego e vai engrossar o exército de desempregados. Pertence também a este exército aquelas pessoas empregadas que perderam o emprego. Essa reserva de trabalhadores fica à disposição dos capitalistas e impede que os salários subam muito.
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FICHAMENTO: "Manufaturas e indústrias no período de D. João VI no Brasil"


Olá pessoinhas!
Vou repetir aqui a informação do post anterior, somente para reforçar, mas trata-se de outro fichamento:

"Esse post, não é  dos mais especiais e trabalhosos. É um simples fichamento de citação, que foi pedido na disciplina de História Econômica do Brasil. Mas, como o combinado é postar aqui "TUDO" o que for possível no decorrer da minha vida acadêmica. Então, confiram:"


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imagem do livro


TEXTO:
CANABRAVA, Alice. Piffer. (2005). Manufaturas e indústrias no período de D. João VI no Brasil. História Econômica: Estudos e Pesquisas, São Paulo, Ed. UNESP, 2005. P. 85–101.



Manufaturas e indústrias no período de D. João VI no Brasil

“Ao escolhermos como tema da nossa palestra um aspecto da política de D. João VI durante sua estada no Brasil, fomos levados, não apenas pelo interesse de tratar uma época tão mal conhecida pelos historiadores em muitos de seus problemas fundamentais, mas também tendo em vista a extraordinária atualidade dos chamados problemas de desenvolvimento que, em última análise, constituem o objetivo das mudanças que se intentaram ou se empreenderam nos anos de 1808 a 1821, sob a influência direta do soberano.” (p.85)

“Nosso objetivo é focar alguns pontos essenciais de um problema de grande atualidade, na tentativa de reavaliar suas proporções exatas, sua natureza e a extensão de suas conseqüências na atividade econômica nacional.” (p.85-86)

“De fato, vistos em conjunto, não se conhecera, em todo período colonial, estímulo tão grande com referência à produção de bens de consumo bens de produção, relegados que fomos, até 1808, à condição de simples fornecedores de produtos extrativos e da agricultura. O famoso alvará de D. Maria I, de 1785, que suprimiu as manufaturas, vale também como registro documental dessa pobreza de atividade produtora, pois contém referência expressa unicamente aos têxteis que floresciam então nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro.” (p.86)

“A grande importância do alvará de D. João VI de 1.° de abril de 1808 repousa, antes de mais nada, em seu caráter amplo de estabelecer, segundo as palavras textuais,  todo gênero de manufaturas, sem excetuar alguma, fazendo os trabalhos em pequeno ou em grande como entenderem” (p.86)

“No programa de desenvolvimento delineado pelo soberano em 1810, parecia-lhe de suma utilidade criar no Brazil estabelecimentos de minas de ferro na maior extensão possível, que possam dar ferro e servir de base a todas as preciosas manufaturas do mesmo metal, não só para consumo do Brasil, mas ainda para servir de objeto de exportação o que será para o comércio destes estados de suma utilidade.” (p.86-87)

“(...) se cogitava criar no Brasil um fluxo permanente de bens e produção e recomendava-se expressamente ao governador da capitania de São Paulo: procureis firmar o estabelecimento em tais bases, que para o futuro, dele resulte, não só a sua perfeita utilidade, mas ainda a felicidade da Capitania ou de toda a variada indústria da fundição e forja de ferro e das imensas fábricas que dele e do aço depois se derivam...” (p.87)

“Sabemos que o início da industrialização pertence à história da indústria têxtil, mas seu triunfo final somente se tornou possível com o desenvolvimento da indústria do metal. Esta, sem dúvida, é a indústria-chave, porque com ela se produz a maior parte dos equipamentos requeridos pelas outras indústrias, e por indústria do metal queremos nos referir à indústria do ferro e do aço.” (p.87)

“(...) a enumeração teria de incluir obrigatoriamente, além das tão conhecidas fabricas de pólvora e de tecidos no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, outras geralmente pouco mencionadas, como aquelas destinadas a produção de chapéus e de cartas de jogar, no Rio de Janeiro, de vidro em Salvador, de papel no Serro Frio, em Minas Gerais de Construção naval em Alagoas, de cacau, de sal, de canos de espingarda, de lapidação de diamantes, de exploração de pesca, além de olarias, do ouro, dos diamantes, do pau-brasil.” (p.87-88)

“Acreditamos não existir estabelecimento algum destinado à produção de bens de consumo ou de bens de produção, fundado sob a legislação de D. João VI, que se não tenha beneficiado, de uma forma ou de outra, do amparo estatal.” (p.88)

“A forma mais extensiva de proteção, a que atingiu, de modo geral, todas as atividades de produção foi a isenção fiscal: isenção de direitos alfandegários para matérias-primas ou para equipamentos importados, isenção dos tributos que oneravam a exportação das mercadorias produzidas, seja para outras partes do território brasileiro, seja para o exterior.” (p.88)

“Se a isenção fiscal tem a primazia pela generalidade de sua aplicação, o capital financeiro em espécie e em moeda, se tivermos em vista o montante do capital comprometido, constitui a mais importante forma de subsidio às novas atividades.” (p.88)

“O alvará oficial que concedeu várias formar de ajuda às novas atividades de produção, mandava retirar da Loteria do Estado a importância de 60.000 cruzados a favor daquela manufatura que mais necessita de ser socorrida, particularmente as manufaturas de lã, de algodão, de seda e fabricas de ferro e aço.” (p.89)

“Outra forma de proteção foi tornar compulsório o abastecimento pelas fábricas nacionais e do Reino, dos fardamentos necessários ao exército, como também destinar expressamente à Marinha real a produção de cânhamo obtido na feitoria do Rio Grande do Sul.” (p.90)

“A proteção e a ingerência oficiais, que procuravam alcançar, de algum modo, setores vitais da empresa, não prescindiam também, em muitos casos, de providenciar e regulamentar sobre a formação técnica.” (p.90-91)

“No Arsenal real do Exército foi criada, em 1810, uma companhia de artífices  que compreendia ferreiros, serralheiros, carpinteiros, torneiros, fundidores e tanoeiros, instituindo-se, no plano de organização, que teriam a graduação de sargento os artífices que, em razão dos seus serviços, habilidade e boa conduta, chegasse a mestre.” (p.91)

“De modo geral podemos dizer, portanto, que os estabelecimentos de produção criados no período de D. João VI foram, de uma forma ou de outra, protegidos pelo estado, patrocinados por ele, senão inteiramente criados e mantidos pelo estado.” (p.91)

“Ao longo da copiosa legislação de D. João VI, no período de sua estada no Brasil, à terminologia utilizada como referência ás atividades de produção não é uniforme. As palavras manufaturas, fábricas, artes ocorrem de ordinário como sinônimas. O emprego da conjunção e fábricas e manufaturas -, encontrado com freqüência, poderia nos levar a pensar que a intenção fora mencionar ambas as atividades. Contudo, a impressão dominante da análise dos textos legais é a de que seus autores não possuíam conhecimento exato e claro da natureza essencialmente diferente de ambas aquelas atividades. O famoso alvará de 1.° de abril de 1808 refere-se a todo o gênero de manufatura[...]fazendo os seus trabalhos em pequeno, ou em grande[...], mas o ato de criação do Tribunal da real Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e navegação refere-se à liberdade concedida por aquele alvará, em termos de que, fosse livre o erigirem-se fábricas de qualquer gênero e qualidade.Nos textos legais ocorrem repetidamente expressões como fábricas em grande, grande e útil fábrica, trabalhos em grande, fábricas de pólvora em pequeno, arte de minerar, trabalhos em pequeno ou em grande.” (p.91-92)

“A política de D. João VI pretendeu reavivá-la, reerguê-la ao elevado nível técnico, como manufatura, dos anos imediatamente anteriores ao alvará de D. Maria I. Deste modo, ao sabor da iniciativa particular e dentro dos quadros estritamente domésticos e artesanais, tinham-se expandido essas atividades empenhadas na produção de sentidos, segundo expressa referência do príncipe regente. Com toda certeza empregavam-se nelas os recursos da técnica tradicional. Seria com a roca e o fuso que trabalhavam os escravos que Luccock via fiando, todas as manhas, junto à porta de suas moradas no Rio de janeiro. Outros estabelecimentos de produção de tecidos, uns poucos, entre os quais o de Rodrigo de Freitas, pertenceriam aos quadros da manufatura, como o comprova a típica divisão do trabalho, a mão-de-obra assalariada que trabalha com o equipamento do empresário, em oficinas sob sua direção, condições estas propiciadas pelo maior desenvolvimento quantitativo.” (p.93)

“A energia a vapor foi utilizada pela primeira vez no Brasil, no período de D. João VI, segundo parece. Pelo menos encontramos a concessão do privilégio de explorar a navegação a vapor nas costas e rios da capitania da Bahia e do porto do Rio de Janeiro em 1817e 1818.” (p.94)

“(...) ainda que o aumento geral dos preços tenha tido a ação análoga à de uma tarifa protecionista, os artigos importados, ainda assim, se vendiam a um preço em geral inferior àquele dos similares, produzido no País, e, de acordo com o testemunho unânime de todos os coevos, muitíssimo inferior ao que se pagava antes de 1808.” (p.96)

“A importância do comércio, particularmente do comércio brasileiro como sustentáculo da economia portuguesa, se mantém, portanto, preservando a tradição mercantilista.” (p.97)

“A manutenção do estatuto da escravidão, as ínfimas dimensões do mercado consumidor, a precariedade dos meus de transporte, deixados quase intactos no período de D. João VI, o colapso da instituição bancária oficialmente criada, a decadência das principais correntes de exportação nacional, são fatos que atestam a preservação de uma estrutura colonial. Esta não se afetara, apesar das medidas parciais em favor do desenvolvimento das manufaturas.” (p.98)
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FICHAMENTO: “A montagem da economia colonial brasileira (séculos XVI-XVII)”

Olá pessoinhas!

Esse post, não é  dos mais especiais e trabalhosos. É um simples fichamento de citação, que foi pedido na disciplina de História Econômica do Brasil. Mas, como o combinado é postar aqui "TUDO" o que for possível no decorrer da minha vida acadêmica. Então, confiram:
http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=MLB&f=177258248_7097.jpg&v=E 
imagem do livro





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TEXTO:
FRAGOSO, João (et. all.). “A montagem da economia colonial brasileira (séculos XVI-XVII)”. A formação do mercado de trabalho no Brasil (séculos XVI-XVII). São Paulo, Alameda, 2008. P. 25-89


A montagem da economia colonial brasileira (séculos XVI-XVII)

“Até a década de 1530, a exploração da América portuguesa esteve nas mãos de um Estado-empresário que, através de feitorias espalhadas ao longo da costa brasileira e controladas pela Coroa, retirava da mata atlântica o pau-brasil. Tratava-se de uma rede protegida por frotas-patrulhadas, sistema já adotado na Ásia, que não se traduzia no estabelecimento de estruturas produtivas que servissem de base para a fixação de núcleos de povoamento.” (p.32)
“Esse quadro iria se alterar drasticamente em virtude do aumento das disputas entre Portugal e Espanha pela divisão territorial do Novo Mundo e das incursões de piratas franceses nas costas brasileiras, atraídos como estavam pelo pau-brasil. Ao mesmo tempo, a cultura da cana-de-açúcar já tinha sido testada com sucesso em Pernambuco (1516) e em São Vicente (1532). De fato, a introdução da agricultura de exportação possibilitaria melhor adequação da colônia aos interesses de Portugal, gerando recursos para a manutenção do Antigo regime luso” (p.32)
“Tudo devia funcionar sob a vigília de funcionários do poder central. Porém, embora o capitão-donatário pudesse distribuir terras sesmarias aos moradores da capitania, não se estabelecia entre ambos uma relação de subordinação nos moldes do feudalismo, em que o sesmeiro se via obrigado a pagar uma renda fundiária ao donatário. Sob tal sistema, dividiram-se as terras portuguesas no Novo Mundo em 14 capitanias hereditárias, distribuídas entre 12 capitães.” (p.33)


Europeus, índios e a antropologia de lógicas sociais


“Por essa época dominavam nas costas brasileiras as populações tupi, designação dada a partir do tronco lingüístico dominante (outro tronco era o jê).” (p.33)
“A aldeia era a principal unidade da organização social dos grupos humanos. Diversas comunidades podiam manter entre si relações estreitas, assentadas em redes de parentesco. Entretanto, essas relações não davam margem ao surgimento de organizações políticas ou territoriais permanentes no tempo.” (p.33)
“Vivia-se da caça, da coleta e da agricultura extensiva, com a utilização da terra durante algumas colheitas e seu posterior abandono para o cultivo de uma nova área” (p.33)
“A aldeia se organizava em torno de um chefe, responsável pela administração da vida material e social da comunidade. Da mesma maneira, ele se apresentava, juntamente com o xamã, como guardião da tradição e, portanto, da identidade política e histórica do grupo.” (p.34)
“Para os tupi, a guerra não tinha por objetivo a subordinação política de outros agrupamentos, nem surgia como chance de ampliar os recursos através da apropriação de terras e de braços alheiros. Na verdade, os enfrentamentos bélicos possuíam um forte sentido cultural.” (p.34)

Uma nova realidade

“Foi em meio a esse universo que se iniciou a colonização européia. Os primeiros contatos entre os índios e os portugueses foram marcados pelo escambo, que permitia aos colonos receberem mantimentos e mão-de-obra para a extração de pau-brasil, e mesmo para o trabalho nas lavouras. A segunda forma de aquisição de trabalhadores era a compra dos prisioneiros das guerras intertribais, logo transformados em escravos. Contudo, ultrapassada a fase das feitorias, esses expedientes se mostraram pouco eficazes atender às crescentes necessidades dos europeus.” (p.34)
“O aumento do número de estabelecimentos coloniais e a crescente interferência dos portugueses na vida local acabaram resultando no acirramento do confronto luso-indígina.” (p.35)
“Em meados da década de 1540, diversas áreas de colônia seriam objeto de ataques indígenas. Os tupi destruíram alguns núcleos populacionais – e expulsaram seus habitantes – na Bahia e danificaram outros no Espírito Santo.” (p.35)
“Várias aldeias foram dizimadas, e algumas expedições militares chegaram a capturar e escravizar milhares de índios, agora transformados em negros da terra (numa referência à escravidão africana).” (p.35)
“A escravidão indígena acabou por ser regulamentada pela lei de 1570. Embora se considerasse ilegal o cativeiro dos povos nativos, permaneceu lícita a escravização de índios capturados em guerras justas (...).” (p.35)
“Até o final do século XVIII, pelo menos, a economia dessas áreas  teria como suporte o trabalho compulsório dos negros da terra.” (p.36)

A hierarquia social excludente como mecanismo de formação da economia colonial

“Diante de uma agricultura metropolitana deficitária, cabia ao império fornecer os recursos para a reprodução tanto de uma hierarquia social fortemente desigual quanto da hegemonia da alta nobreza.” (p. 36)
“À Crônica falta de rendas internas em Portugal juntou-se, então, a redução dos proventos ultramarinos. A isso somava-se o fato de que os reinóis que vinham para o Brasil, em sua maioria, não pertenciam à alta nobreza – ainda envolvida, nessa época, com o comércio com o Oriente – mas sim à pequena nobreza e aos grupos não pobres.” (p.37)
“Levando-se em conta as dificuldades econômicas da metrópole durante a segunda metade do século XVI e a pobreza dos primeiros colonizadores, talvez se possa afirmar que uma das precondições para a montagem da economia colonial brasileira tenha sido a própria existência do sistema de guerras contra o gentio.” (p.37)
“A agricultura extensiva, por não depender de altos investimentos em adubos e/ou em instrumentos de trabalho, possibilitava a realização da produção rural a baixos custos.” (p.37)
“O aumento das rendas dava-se tão-somente pela incorporação de mais terras e trabalhadores” (p.38)
“Entretanto, se é certo que as chamadas guerras justas resolviam parte dos problemas da falta de capital para montagem da economia colonial, ao representarem a apropriação das terras e do trabalho alheios, elas também significavam o estabelecimento, na colônia, de uma hierarquia econômica e social profundamente desigual.” (p.39)
“Os colonos saiam de uma sociedade européia, marcada por privilégios e pela exclusão social, em que a produção da riqueza era vista como sinônimo de apropriação do trabalho alheio e onde a ascensão social significava não trabalhar – ou, o que dá no mesmo, viver à custa do trabalho dos outros.” (p.39)

A distribuição desigual da terra

“Mas nem todos os que migravam para o Brasil provinham dos mesmos estratos sociais. Por isso, uma vez aqui, a distribuição das terras e dos homens se deu de maneira desigual.” (p.39)
“Em finais do século XVI, o Rio de Janeiro não passava de um simples povoado, possuindo, no máximo, 150 domicílios europeus. Apesar disso, já se apresentava como uma comunidade altamente hierarquizada.” (p.40)
“(...) o mercado local era amplamente dominado pela elite colonial, o que nos permite afirmar que a hierarquia social excludente condicionava a distribuição dos recursos produtivos. Dito de outra forma: uma sociedade estruturada a partir de grandes diferenças entre seus membros criava mecanismos que reforçavam essas diferenças ao distribuir, de maneira desigual, as terras disponíveis.” (p.40-41)

O financiamento interno da produção

“(...) parte das grandes fortunas era criada à margem do mercado, através de uma política matrimonial praticada pela jovem nobreza da terra. Assim, ao longo do século XVII, duas entre cada três famílias senhoriais do Rio de Janeiro estavam unidas por laços de casamento com outra família detentora de engenhos.” (p.41)
“(...) a circulação dos bens que compunham o dote entre as famílias senhoriais constituía uma estratégia de consolidação do próprio grupo social privilegiado” (p.41)
“Acredita-se que, no século XVI, parte do capital e do crédito necessário ao funcionamento da atividade açucareira nordestina provinha de investimentos holandeses, italianos e da própria metrópole.” (p.42)
“(...) a concessão de credito era regulada a partir de certa camada social, estando a ela subordinada, ou seja, para receber um empréstimo era preciso ter uma certa posição social. Mais do que isso, sugere que a economia colonial, embora ligada ao mercado internacional, tinha alguma autonomia funcional em relação à economia européia.” (p.43)
“É importante observar que a analise feita ate este momento sobre a formação de economia colonial refere-se a um modelo geral que vigorou, durante os séculos XVI e XVII, em diversas partes da colônia.” (p.43)

A ação dos comerciantes: a dependência do capital mercantil
“Durante o século XVII, não era difícil encontrar, nos cartórios da cidade, escrituras de dívidas de lavradores com os negociantes da praça. E desde a primeira metade daquele século, pelo menos, os donos de engenho de Pernambuco pediam a intervenção do Rei para evitar a penhora de suas empresas agrícolas pelos mercadores. Por conseguinte , já nessa época se nota um movimento que irá, caracterizar cada vez mais a economia colonial nos séculos seguintes: a dependência  da lavoura em relação ao capital mercantil. Nesse sentido, não é de estranhar que o comércio tenha servido de base para a formação de famílias senhoriais e, portanto, para o ingresso no topo da hierarquia colonial.” (p.44)
“(...) na colônia se produzia o modelo social metropolitano, no qual a terra era o principal indicador da posição e do prestígio dos indivíduos.” (p.45)

Os africanos consolidam a economia colonial

“O comercio negreiro iria consolidar definitivamente o caráter atlântico da economia colonial, não somente porque a produção brasileira se voltava para os mercados do Atlântico norte, mas porque a escravidão africana faria com que a reposição da mão-de-obra colonial dependesse do trafico de homens, através do Atlântico.” (p.46)
“As guerras respondiam então por cerca de 70% da oferta africana para o Brasil, com outros 30% de escravos sendo conseguidos através  de seqüestros, escravidão por dividas e outros meios.” (p.46)
“(...) o aumento da demanda de africanos pelo Brasil, pela América espanhola e pelo Caribe esteve na base da ocupação portuguesa de Angola no século XVII, reorientando, inclusive, os planos iniciais da Coroa portuguesa.” (p.47)
“(...) montou-se em Angola uma singular experiência colonial, já que a sua ocupação esteve apoiada na presença de funcionários reais e mercadores, incumbidos de controlar as rotas de exportação de cativos para o Brasil. Com tal objetivo, a presença colonial portuguesa assumiu traços de intervenção direta na  vida política e militar do local.” (p.47-49)
“(...) o trafico atlântico  tendia a reforçar a natureza mercantil da sociedade colonial;apensar das intenções aristocráticas da nobreza da terra, as fortunas senhoriais podiam ser feitas e desfeitas facilmente. Ao mesmo tempo, observava-se a ascensão dos grandes negociantes coloniais, fornecedores de crédito e escravos à agricultura de exportação e às demais atividades econômicas.” (p.49)

A colônia era mais do que a plantation

“Apesar da ênfase dada à agroexportação, a economia colonial não se esgotava nas plantações de açúcar voltadas para o mercado europeu. A consolidação da plantation representou também, como veremos adiante, a consolidação da lavoura e da pecuária voltadas para o mercado interno colonial.” (p.49)
“Ao lado das plantations, abastecendo-as, encontrávamos uma série de produções voltadas para o mercado interno” (p.50)
“O controle que a economia colonial exercia sobre o tráfico atlântico de escravos e, parcialmente, sobre as suas fontes de crédito garantia-lhe certa autonomia sobre o seu próprio destino.” (p.50)
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1 de jul. de 2011

Parada Gay e Sacrilégio: 'Todos Terão que Engolir Goela Abaixo Tal Prática', Criticou Professor

 http://www.abmeseduca.com/wp-content/uploads/2010/07/Valmor-Bolan.jpg 



Prof.Dr.Valmor Bolan
Doutor em Sociologia. Conselheiro da OUI-IOHE (Organização Universitária Interamericana) no Brasil. Membro da Comissão Ministerial do Prouni (CONAP). Consultor da Presidência da Anhanguera Educacional

Um professor em seu artigo “Parada gay e o sacrilégio” publicado no Diário de Marília criticou a campanha homossexual dizendo que “todos terão que engolir goela abaixo tal prática, gostem ou não”.

Valmor Bolan, doutor em Sociologia, Conselheiro da OUI-IOHE (Organização Universitária Interamericana) no Brasil, disse que a parada provocou os religiosos, mais especificamente, a Igreja católica, usando imagens de santos.

Tal campanha tem o intuito “de fazer com que as pessoas acabem aceitando a prática homossexual como natural, e não respeitando que pensa o contrário”, disse ele.

Além disso, projetos como o PLC 122, afirmou, visam também cercear a opinião contrária, atacando-a com hostilidade os que porventura venham a discordar de tal posicionamento.

“é assim que vemos a fomentação de uma intolerância travestida de defesa dos direitos humanos, e que ameaça a liberdade de expressão em nosso País”.

Bolan se disse chocado pela parada ter se apropriado de frase do Evangelho fora do contexto, insinuando que “o amor proposto por Jesus seia também gay”. Isso somado ao uso de imagem dos santos, ele disse que tratou-se de um sacrilégio.

Segundo ele, chega a ser patológica esta obsessão de uma minoria de ativistas gays quererem impor uma agenda homoafetiva ao Brasil, numa situação sem precedentes em nossa história. Ele disse, ainda, que ninguém concorda que se discriminem pessoas, mas não é possível aceitar que um grupo minoritário imponha um estilo de vida que não tem adesão da maioria.
“Precisamos saber separar o joio do trigo e discernir”, urge o professor. “Respeitar as pessoas sim, mas não permitir uma imposição dessa natureza”, que de acordo com ele se utiliza de todos os meios.” E acrescentou, “inclusive os de tomar símbolos e valores religiosos para dar uma conotação ideológica a tais símbolos e valores, distorcendo-os de seus significados históricos”.

“Temos que respeitar os símbolos e valores religiosos, as opções das pessoas, com o respeito à diversidade e à livre expressão de todos. Só assim estaremos afirmando uma sociedade democrática, do contrário, é retrocesso, o que não podemos aceitar,” concluiu.


FONTE:< http://portuguese.christianpost.com/noticias/20110630/parada-gay-e-sacrilegio-todos-terao-que-engolir-goela-abaixo-tal-pratica-criticou-professor/ > acesso em 01.07.2011.
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