23 de ago. de 2012

Em resposta ao texto: "Reflexão sobre a continuidade da greve dos IFES"

A uns dias atras Júnior Nascimento (moderador aqui do blog)  postou o texto "Reflexão sobre a continuidade da greve dos IFES", em face disso resolvi postar o texto abaixo, que não é de minha autoria, mas que define bem minha postura diante da greve das Universidades Federais. Confiram: 



O discurso mal-intencionado a respeito da greve

Há um discurso mal-intencionado nas afirmações quando se discute a greve dos professores e professoras das universidades públicas brasileiras. Principalmente os que são plantados diretamente do Palácio do Planalto nas grandes empresas da mídia brasileira. Discursos do Governo a desqualificar o movimento dos professores e professoras, porém, são esperados. Dentro da própria categoria, porém, falas desse tipo assumem o caráter de traição do individual em relação ao coletivo. Há sete anos não fazíamos uma greve. Entre os pares, no entanto, há quem generalize a fala de quem “estamos sempre em greve”. E isso sai dos muros, invade as famílias e ficamos com a pecha de que “a universidade federal só vive em greve”. A greve atual é história não porque amanhã completa 100 dias. É pela força do movimento e por ter impregnado o conceito de carreira. Pela primeira vez, professores e professoras compreenderam que o modelo de remuneração define a política educacional do País. Durante anos, uma nuvem encobriu nossa visão e imaginamos que o Governo do Partido dos Trabalhadores (PT) era diferente do governo do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). A greve atual desmistificou essa crença. O modelo neoliberal de “estado mínimo na educação” está posto. E é a essência da proposta forjada pelo Governo em conluio com a “Federação-Fantasma”. Essa, talvez, seja a razão pela qual o Governo tenta empurrar na marra essa “nova carreira”. Desse jogo brotam os discursos mal-intencionados que tentam nos desmoralizar. Não estamos em greve apenas por reposição ou aumento salarial. Queremos condições de trabalho, respeito e dignidade. E isso nenhuma campanha irá conseguir nos tirar se nos mantivermos fortes e mobilizados.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Texto extraído do Blog Ufam para o futuro - O sonho não acabou!

(Grifos meus) Perder um, dois ou até mais semestre letivos não é prejuízo para nós dissentes, não quando o que se esta em jogo são melhores condições de trabalho para os nossos professores. Prejuízo mesmo é termos uma formação deficiente por conta das péssimas condições que são submetidos os professores das universidades públicas.

2 comentários:

Júnior disse...

Texto bem colocado, porém que eu discordo em quase tudo. Não de deve "monstrualizar" um governo super bem conceituado por conta de processos paredistas sem solução. Diga-se de passagem por intransigência, concordo, de ambas as partes.

Brunna Vilar disse...

Paredista é o governo, que nesse caso, simplesmente se nega a negociar. Os professores simplesmente não são ouvidos. E depois de modificarem a proposta de acordo, para adequar, ao que o governo esta disposto a dar, mesmo assim não foram ouvidos. O governo não quer negociar. Quer impor!
Acho desprezível um governante que outrora estava do lado oposto do conflito, agora, com uma frieza sem tamanho, ignora as reivindicações pelas quais se fez conhecido e admirado.
O governo não tem que seguir a risca as reivindicações dos professores, mas tem, ao menos, que sentar e conversar, pois respeito é o minimo que os nossos mestres merecem!

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